O Silêncio e a Celebração combinam?
Por Moacir Rossetti
Reprodução de franciscanas.org.br/noticias/o-silencio-de-jesus-para-vencer-o-odio/ |
Pois bem, vamos falar sobre o silêncio e mais na frente voltamos a saber se ele tem relação com a animação ou não. O silêncio também tem sua raiz no latim e significa ficar quieto, evitar ruídos. Dessa forma, fazer silêncio é evitar ruídos, não só exteriores, mas evitar, inclusive, os ruídos interiores. Vivemos tempos em que o silêncio é evitado e os ruídos são exaltados. Tempos em que o Spotify e o Deezer (aplicativos de música) estão sempre ligados quando não temos “nada” para fazer, nos intervalos entre uma coisa e outra, dentro do carro etc. Qual o tempo dedicado ao silêncio e à contemplação daquilo que é a vida? A vida está passando por nós ou nós a estamos experimentando na sua completude? Por vezes, levamos essa vida ruidosa para dentro de nossas Celebrações da Palavra/Eucarística. Queremos música em todas as brechas, queremos que o padre, o ministro ou o comentarista preencha todos os espaços “vazios” dentro da liturgia. De fato, não há espaços vazios dentro da liturgia. Há momentos propícios de silenciar os ruídos externos e internos e deixar a sutil voz do Senhor entrar em nosso coração.
Mas, em quais momentos podemos favorecer o silêncio? Pode ser antes do início da Celebração, no ato penitencial, após a leitura do Evangelho e da Homilia/Reflexão, após a Comunhão. Já dizia um autor desconhecido “o dom da palavra é lindo, mas o do silêncio é perfeito”. E então, o que tem a ver silêncio com animação? O silêncio também é algo animado, no melhor sentido da palavra, porque renova nosso espírito, nos dá vida, sopro de vida! Portanto, não pensemos que algo animado é somente algo barulhento, mas é também algo silencioso, sem ruídos. Assim, percebendo melhor a importância do silêncio, que possamos proporcionar espaços em que o silêncio seja frutuoso em nossas Celebrações, bem como todos os outros ritos que se complementam e nos ajudam a escutar e a responder a voz do Senhor.
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